| O Jornal "A Videira" foi órgão mensal de propaganda da Doutrina Espírita para distribuição interna. Hoje "A Videira" é um jornal trimestral. Fundado em 1952, por Clementino Nunes de Souza e Norberto Batista, irmãos de boa vontade, que desejaram prestar a Nice, a sua homenagem. Contendo nesta obra, mensagens de paz e amor, e toda história da fundação do Centro, as obras realizadas pelo grupo e da vida de sua mentora Nice.
Nice fora uma moça de grande coração, que dava mostras de amor ao próximo. Nasceu em Cáceres, Mato Grosso, José Maria Curvo e Nenê Curvo foram seus pais. Moça ainda, repleta de planos, diante de um casamento próximo, se viu acometida de doença, cuja gravidade obrigou seus pais a procurarem, em São Paulo, a cura para aquela querida filha. Diante do estado de saúde se agravando dia-a-dia, o casal Curvo, apesar de católicos , procuraram na Federação Espírita de São Paulo alguém que pudesse ajudá-los naquela fase tão penosa pela qual estavam passando. Nice recebeu grande força de médicos e de amparo espiritual, mostrando garra e lucidez. Mas retornou à pátria espiritual.
Foi daí que fundaram um núcleo que seria batizado de Centro Espírita Irmã Nice, onde dariam ensinamentos e práticas de amor e caridade. A casa recebeu em doação um patrimônio de alta valia , um terreno de grande dimensão situado na Vila Carrão, doada pelo Sr. Manoel Mendes, junto com sua esposa, Da. Sabina Geneco Mendes, para ser feito a obra de um Lar para crianças órfãs.
Posteriormente junto com seus sócios e diretores da firma da qual era titular, possibilitaram a construção do prédio.
Em 1963, dá-se início às arrecadações de fundos para a Obra na Vila Carrão.
Em 28 de Janeiro de 1964 foi aprovado a planta para a construção do prédio onde se instalou o "Lar da Infância de Nice".
Em 1965, prossegue em ritmo acelerado as obras de construção, sob a administração direta do Sr. Mendes, coadjuvado pelos diretores do Centro Nice.
Em 1967, estava em fase adiantada de acabamento.
Em 1968, foi nomeado uma comissão de estudos para programar a instalação e o funcionamento da casa.
Em 1969, está terminando o prédio, entretanto em fase de instalação. Departamento criado pelo parágrafo 1º do Art. 2º dos estatutos. Já recebendo seu imobiliário e demais utensílios para entrar em funcionamento. Foram designados para dirigir este órgão de assistência á criança desamparada, o Sr. Clemente Person, como Diretor Geral e o Sr. José de Matos Silvares, como Diretor Administrativo.
Em 1970, é guardada a conclusão de certas determinações legais para juntamente com os indicados para a sua Direção, organizar o seu segmento interno.
Em 1971, desde 1º de Março, já estava com suas portas abertas, em franca atividade. Seus compartimentos eram: cozinha, refeitório, dormitório, secretaria, almoxarifado, farmácia, lavanderia e bazar.
Em 1972, "O Lar" já estava com seus bercinhos ocupados por crianças de 1 a 3 anos que, de conformidade com o acordo feito com o Governo do Estado de São Paulo, receber para guarda aquelas que judicialmente são consideradas órfãs de pai e mãe, em razão da sentença judicial de abandono.
O acordo com o Governo foi assinado em 19 de Setembro de 1972, em solenidade no Palácio dos Bandeirantes, pelos Diretores da Executiva do Centro de Promoção Social, sendo o mesmo referenciado pelo Exmo. Sr. Governador Laudo Natel.
Em 1973, já com 33 criancinhas, dando a elas perfeito atendimento. Só que muitas vezes a "receita não cobria as despesas", obrigando recorrer à promoções como: festas juninas, almoço beneficente, bazares e entre outros. Apelando a campanhas, recebiam latarias,
leite em pó, farinha e óleos, vestuários, remédios, calçados, brinquedos e objetos diversos. Era feito triagem no que recebiam como
roupas e remédios de adultos, eram distribuídos para diversas instituições, principalmente de idosos.
Em 1976, o Centro E. Irmã Nice, situada à Rua Conselheiro Belisário, no bairro do Brás, transfere os trabalhos espirituais para o Carrão, ao lado da sua grande obra.
O Lar de Nice, embora inúmeras dificuldades porque passava, prossegue no desempenho de sua missão. Com a esperança de que mais colaboradores viessem se incorporar às lides da Casa. |
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